segunda-feira, maio 26, 2014

É aquela janela, que separa todo o meu mundo, do mundo de todos, onde tu estás e eu não.
L. C. S.

sábado, maio 17, 2014

A fazer limpezas à vida.

Quatro anos resumidos a nove dossiers.

Como poderá ser isso? Só isso ficou destes quatro anos? Anos de estudo, de sofrimento, de desinteresse, de compromissos e obrigações, de trabalho e avaliações, de desilusão e frustração? Como esquecer quatro anos da nossa vida em que nos sentimos prisioneiras, presas a uma vida que não é a que queremos para nós? Mas que parece ser a ideal, mesmo sentindo, respirando o contrário? O passado não se apaga. Ainda assim, limpo o meu passado, não o apago, mas dou-lhe uma limpeza, uma nova frescura, um novo brilho, um novo respirar.. Limpo sem esforço, sem esfregar porque não há muito a fazer, existem coisas que já não saem, que ficam manchadas em nós para sempre, e tal modo o desejo e a necessidade de ser livre, que o faço sem raivas, sem rancores, e até aqui sem interesse como sempre o tem sido, sem qualquer sentimento que não o de deixar ir, sem rasgar uma folha sequer... A dar a oportunidade de uma nova vida, de uma reciclagem de experiências, de desejos, de conquistas, de falhanços, de esforços. De sucessos. Porque assim tem de ser. Porque a cada dia que passa todo o meu ser grita. Grita, esperneia, chora de raiva, pede, suplica, faz chantagem, amua, deprime, recrimina e acima de tudo deseja, sonha com outro amanhecer. Sonha com noites mal dormidas de excitação ao invés desta maldita ansiedade que tanto me tem feito sofrer.
À espera de Setembro. Aos quatro anos juntam-se em Setembro mais dois. Estes dois simplesmente porque  não temos a sorte de aprender logo à primeira e pensamos "desta vez é que é", porque pensamos sempre que desta é que é, que se assim não fosse a esperança deixaria de ter seguidores e acabaria por se suicidar. E nós também, sem ela.
Mas já libertei. Dois sacos pesadíssimo estão de malas prontas, do outro lado da porta, para darem início à sua próxima viagem. Uma viagem de aventuras.
Eu continuo. Até Setembro. Até lá vou indo mais leve, muito mais leve. E a preencher este recente vazio com sonhos e projectos. Para a minha, só minha, mesmo minha, minha, minha nova aventura. Aguarda-me que eu te aguardarei sempre com o mesmo entusiasmo e com a mesma confiança de que desta (da próxima) é que será.